sábado, 10 de abril de 2010

Folhas do Chão ( Rosa de S.)

Com meus próprios olhos
Eu tento te enxergar
Regando os meus dias
Sem medo de errar
Fraco e cansado eu busco acertar
O vento me trouxe
Sons de outro lugar
lembranças distantes
Que me fazem te encontrar
Sabe de tudo, não quero esperar
A minha vida, me ajude a cultivar
Há sempre uma escolha
Há sempre um caminho que as folhas do chão vão me indicar
Que saem dos meus sonhos, do simples desejo
Que tive a vida toda de te encontrar
Não sei se o que faço
Vai me fazer mudar
Pois minhas tristezas
Insistem em ficar
Mas busco em seus passos, forças pra voar
E pouso em seus braços sem medo de errar
Há sempre uma escolha
Há sempre um caminho que as folhas do chão vão me indicar
Que saem dos meus sonhos, de um simples desejo
Que tive a vida toda de te encontrar
Há sempre um passado
Que com marcas vai traçar
As coisas que vivo, penso e sou
Se deixo de lado seu amor

sexta-feira, 2 de abril de 2010

CONFISSÃO DE UM TRAIDOR.

Se eu tivesse tido forças pra voltar
Se as moedas não pesassem tanto em mim
Se eu procurasse por você
Fizesse o que fez Cirineu
Se eu lhe acompanhasse
Se eu tivesse me encontrado com você
Com outro beijo lhe pedisse o seu perdão
Se ao menos outra vez
eu pudesse lhe dizer: muito obrigado!
É tão bonito, ah tão bonito
Quem tem a chance de olhar a quem traiu
E ainda que seja no momento
derradeiro reencontrar
A alegria de ser fiel até o fim
É tão bonito, ah tão bonito
Quando recordo o seu jeito de viver
O seu sorriso, sua voz, seu ombro amigo
E o seu olhar me sustendo






até na hora em que o trai!

Se eu tivesse acompanhado a multidão
Chorado a culpa junto ao colo de sua mãe
Se eu ficasse por ali, permanecesse com você
E assim, quem sabe
Estendendo um copo d'água pra você
Dividindo a dor da última lição
Eu pudesse refazer, meu quebrantado coração
Aos pés do seu calvário
É tão sofrido, ah é tão sofrido
Não ter a chance de olhar uma outra vez
Pedir perdãoi e no entrelaço de um abraço
Chorar a dor de não ter sido o seu amigo até o fim





É tão sofrido, ah é tão sofrido
Trazer na boca o gosto da condenação
Nó na garganta e o desejo inconfessado...
Que se eu pudesse voltar no tempo
Lhe encontraria e subiria com você
Que se eu pudesse fazer de novo
Mudar a história eu morreria com você...